Para garantir que ambulantes trabalhem com tranquilidade no Festival Virada Salvador, a Secretaria de Políticas para Mulheres, Infância e Juventude (SPMJ), da Prefeitura de Salvador, montou um Centro de Acolhimento, Aprendizagem e Convivência (Caac) que recebe os filhos dos trabalhadores. A estrutura adaptada funciona na Escola Municipal Luiza Mahin, na Avenida Simon Bolívar, 471, Armação, e tem se dedicado a cuidar exclusivamente dos filhos de ambulantes cadastrados para atuar no evento.
Com capacidade para acolher 100 crianças e adolescentes com idade entre 0 e 17 anos, entre esta quarta-feira (28) e o próximo dia 2, o espaço conta com berçário, dormitório, refeitório, sala de leitura e de TV, brinquedoteca, além de outros equipamentos de esporte e lazer.
Titular da SPMJ, Fernanda Lordelo destaca que, até meados desta tarde, 32 crianças já tinham sido acolhidas no espaço, maioria de bebês, e conquanto a Prefeitura tenha sempre disponibilizado um centro de acolhimento para a mesma finalidade nas edições do Festival Virada, o serviço vem sendo ampliado gradativamente.
“O Caac é um centro de convivência para que essas crianças cujos pais estão trabalhando no evento possam ser cuidadas em um ambiente apropriado, sem exposição aos perigos da festa, ao trabalho infantil, com direito a 3 refeições diárias, banhos regulares, roupas novas disponibilizadas pela Prefeitura e uma equipe multidisciplinar, composta por pedagogos, psicólogos e assistentes sociais”, informou.
Paula Santos, de 30 anos, trabalha como baleira no Festival Virada e conta que em todos os grandes eventos organizados pela Prefeitura em que exerce esta atividade, deixa seus filhos sob os cuidados do Poder Municipal.
“Deixo meus 4 filhos aqui, inclusive Paulo Henrique, que é autista, porque sei que eles são bem tratados, bem acolhidos, com toda a assistência devida. Deixo eles aqui no primeiro dia e só pego de volta no final da festa porque tenho que dormir perto do evento. No intervalo de um dia para o outro, venho ver como eles estão e sempre estão muito bem”, relatou.
Marcos Vinicius Santos, de 11 anos, cuja mãe trabalha no festival como vendedora de cerveja, afirma que gostou do espaço neste primeiro dia de acolhimento. “Vim com minha irmã e gostei de tudo o que vi até agora: do totó, do pula-pula, da TV, do cheiro da comida. Acho que vai ser legal e espero fazer alguns amigos”, concluiu.