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Ilê Aiyê abre Festival da Virada com canções de valorização à negritude


O Ilê Aiyê abriu o primeiro dia de shows do Festival Virada Salvador 2023 com a canção “Que Bloco é Esse”, de composição de Paulinho Camafeu e símbolo do carnaval e do primeiro bloco afro de Salvador, que esse ano completou 48 anos de existência.

No palco, os vocalistas Iana Marucha e Jauncy Ojum Bará, vestidos de branco, trouxeram letras que contam um pouco da história do negro no Brasil e no continente africano e também letras de resistência. No telão ao fundo do palco, a apresentação de imagens do carnaval de Salvador.

Os surdos e repiques ritmaram ainda canções como Deusa do Ébano, Canto Sideral, Negrume da Noite e Por Amor ao Ilê, enquanto as dançarinas davam um show de exuberância com suas roupas coloridas e passos ritmados.

“Para nós é muito gratificante ter esse momento próximo ao público, depois de dois anos de pandemia e de muita dificuldade. O importante é que nós estamos aqui resistindo”, disse a vocalista Iana Marucha.

Fã do Mais Belo dos Belos há dez anos, Juciara Silva, de 41 anos, veio ao show com o turbante nas cores do bloco e não se cansou de fazer as coreografias em frente ao palco. “A apresentação está maravilhosa. Para mim o Ilê é tudo, representa resistência da nossa negritude. Eu saio no bloco todos os anos e vim aqui hoje para ver esse show”, contou.

Ingrid Lima, de 30 anos, também ficou muito feliz. “Eu adorei por ter sido a primeira atenção. Eu sou muito fã do bloco. Também gostei muito da organização e das outras atrações para se divertir. O festival está de parabéns”.

A noite ainda terá as apresentações de Igor Kannário, Tarcísio do Acordeon, Bell Marques, Ivete Sangalo, Gustavo Lima e Nattan.

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