Foto: Jefferson Peixoto/Secom
Quando chega o período junino, os tutores de pet já se preocupam com o comportamento do animal. São comuns ocorrências como estresse, ansiedade, fuga e até ataque epilético. O publicitário João Carlos dos Santos, de 40 anos, conta que seu cão Marley chora bastante e se estiver sozinho, arromba a porta, pula a janela e corre de um lado para o outro da casa. Às vezes, se esconde embaixo da cama ou pula sobre o sofá em busca de ajuda.
A titular da Secretaria de Sustentabilidade, Resiliência, Bem-Estar e Proteção Animal (Secis), Marcelle Moraes, explica que os fogos de artifício provocam muita ansiedade e estresse nos pets e, em alguns casos, também taquicardia. “Os animais conseguem escutar de duas a três vezes mais que nós seres humanos, então eles têm uma sensibilidade no canal auditivo muito maior que a nossa”, conta.
Apesar de mais discretos, os gatos também costumam apresentar alterações no comportamento. A estudante Adriana Figueiredo, de 20 anos, conta que sua gatinha Princesa tem miado muito à noite e ao ouvir o barulho das explosões, entra no quarto bastante assustada e vai para debaixo da cama.
“No início, eu fiquei um pouco impaciente e preocupada, achando que ela pudesse estar com algum problema de saúde, mas depois passei a observar que o comportamento é proveniente da agitação devido aos fogos”, diz.
O que fazer – Para amenizar o estampido dos fogos, a titular da Secis recomenda fechar portas e janelas e abafar os locais de entrada do som com cobertor ou edredom. “Se o animal permitir e o tutor tiver o manejo, é possível, ainda, colocar um pedaço de algodão na região do ouvido, ajuda bastante. É importante também estar sempre próximo do animal nesse período”, afirma.
Em relação à alimentação, a orientação é não dar comida típica ao gato ou ao cachorro. Segundo os médicos veterinários, o animal deve comer apenas o alimento apropriado para ele, como ração, músculos, frango ou patinho sem tempero. Alguns alimentos, inclusive, podem ser tóxicos, como o amendoim.
“A dica é manter a calma, ficar próximo ao animal e não deixá-lo sozinho nesse período. Se não houver alternativa e ele tiver que ficar só, retire do local objetos com os quais ele possa se bater, deixe o ambiente o mais livre possível, tome cuidado para que ele não fuja e em caso de acidente, leve o seu pet imediatamente ao médico veterinário”, completa Marcelle.
Reportagem: Priscila Machado/Secom