O presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, preferiu não se manifestar sobre a sua preferência durante todo o processo de eleições do Tricolor. No entanto, após o resultado, o mandatário se mostrou contente. Com 1089 votos, o ídolo Emerson Ferretti será o próximo gestor da associação do Esquadrão e a reação foi positiva pelo número 1 da atual Diretoria Executiva. Em entrevista ao Bahia Notícias, ele afirmou que o ex-goleiro "representa um novo ciclo" no clube.
"Eu tô muito feliz com a eleição de Emerson, bastante satisfeito. Eu falei hoje, no começo, que a gente tinha escolhido não declarar apoio a nenhum candidato porque tinha entendido que tinham certos candidatos que participaram comigo de todo o processo dos seis anos no clube. Leonardo Martinez foi um presidente do Conselho muito positivo, nos ajudou a fazer a SAF e ele decidiu ser candidato. Acho que é merecedor e é um direito que ele tem. Verhine foi um cara que teve uma participação fundamental no clube, mesmo sendo de um grupo de oposição, precisa ser respeitado. Por isso não declarei meu apoio a Emerson. Mas não tenho a menor dúvida que Emerson é o grande representante de um novo ciclo e me sinto representado por ele. Há mais de um ano, Emerson nos procurou e manifestou interesse em ser presidente. Desde o começo eu disse que via com felicidade. Ele foi capaz de mostrar com transparência coisas positivas e negativas da gestão. Ele também representa um projeto que me representou no ponto de vista político. O Simplesmente Bahia me originou, é o grupo que sempre me candidatei, seja porque foi capaz de reunir três grupos de representação. E Emerson não deixou dúvida nenhuma sobre a SAF. Não deixou dúvida sobre como via a SAF, como poderia colaborar e fiscalizar. Me sinto muito representado", disse.
Eram 7817 sócios aptos para votar, mas somente 3168 depositaram as suas preferências. Questionado sobre um possível esvaziamento na associação, Bellintani acredita que o número de sócios é positivo e que a principal preocupação deve ser o relacionamento com a SAF, liderada pelo Grupo City.
"A eleição de Marcelo Sant'Ana, em 2014, teve um quórum parecido com o de hoje. Então a associação ali tinha chegado na democracia e tínhamos 7 mil e poucos aptos. Nas duas últimas eleições, principalmente na última, tivemos um crescimento significativo. A gente fala que "o Bahia só tem 8 mil aptos a votar", mas é muito. É muito mais do que em outros clubes. Se você considerar que a associação não determina o futuro do futebol, vejo de forma positivo. Eu tô menos preocupado na quantidade de sócios da associação. Estou pensando de como a associação será na gestão com a SAF. A torcida está muito bem representada, tem 50 mil sócios do acesso garantido. Mas a associação com 8 mil não é algo desprezível, e sim algo bem representativo", explicou.
Bellintani deixa a presidência do Bahia após dois triênios de gestão.