Alunos e professores da Escola Municipal Antônio Euzébio (Emae), no Cabula, tiveram um dia de imersão no universo da ciência, na última sexta-feira (27), por meio da realização de um projeto de iniciação científica, que contou com a participação do corpo discente e docente da Universidade Federal da Bahia (Ufba). Ao todo, 260 crianças puderam participar de experiências lúdicas, como o aprendizado da anatomia com a utilização de moldes do corpo humano, experimentos, jogos interativos e palestras, além de um momento de orientação sobre o corpo humano e de proteção contra o abuso sexual infantil.
O objetivo, segundo a vice-diretora da Emae, Jomária Alessandra Queiroz, é aproximar a educação básica da academia para que as crianças desenvolvam o interesse de ingressar na universidade e de se tornarem cientistas. “Nos aproximamos da universidade e recorremos ao Instituto de Física da Ufba para que eles viessem trazer experimentos para a escola e que os estudantes pudessem conhecer um pouco do tema. A gente sabe que toda ação nasce na esfera do desejo e ninguém deseja aquilo que não conhece. É por isso que estamos trazendo para a escola pública, para as crianças de seis anos, o conhecimento de uma forma diferente e atrativa”, afirmou.
Participaram da ação crianças do 1º ao 5º ano, dos seis aos 12 anos, dos turnos matutino e vespertino. “A iniciativa foi da própria escola, que vem trazendo um diferencial para as turmas em buscar novas visões para o ensino de ciências. Em concordância com o convite, lá na universidade, nós temos um projeto chamado Roda com Ciência, que é um projeto de divulgação e popularização da ciência, levando um aprendizado mais lúdico, interativo e inclusivo para estudantes e para a comunidade como um todo. Aqui a criançada pode experimentar esse mundo que está por vir e que elas veem nas telas”, contou o professor do Instituto de Física da Ufba, Tiago Paes.
Conscientização – A professora Leila Valverde, do Departamento de Biologia da Ufba, comentou sobre a importância de trabalhar com a prevenção do abuso sexual infantil nas escolas. “Essa temática que trouxemos hoje é altamente pertinente, pois nós estamos abordando, de forma mais científica possível, temas que, muitas vezes, são tabus nas famílias. Então, nós falamos de reprodução humana, desenvolvimento humano, órgãos genitais, a partir de uma abordagem científica, desmistificando um pouco a maneira incorreta com a qual, muitas vezes, as crianças aprendem”.
A aluna Luana Cavalcante, de seis anos, soube explicar com precisão o que aprendeu. “Eu gostei, porque deu para a gente pensar mais nos órgãos, deu para a gente conhecer mais, notar as diferenças entre os órgãos genitais. O evento foi importante para aprender, discutir e conversar com a minha mãe e com o meu pai”, disse.
Reportagem: Mateus Soares e Priscila Machado/Secom PMS