Voltado para o público infantil, produto é feito com matérias-primas sustentáveis e visa reduzir os impactos ambientais.
As tintas convencionais contêm solventes, ligantes e aditivos que podem liberar compostos orgânicos voláteis (VOCs) na atmosfera, impactando o meio ambiente e causando alergias e problemas respiratórios nos seres humanos. Para oferecer uma alternativa sustentável, os estudantes Caio Vitor Neves, Ana Clara dos Santos, Pamella Lorrany dos Santos, Geovana Santos e Roberth Vitorino, do Centro Territorial de Educação Profissional do Médio Rio das Contas, localizado no município de Barra do Rocha, desenvolveram uma Ecotinta utilizando recursos naturais da região.
O produto é desenvolvido a partir de matérias-primas como beterraba, cenoura, repolho roxo, leite, argila, flores, açafrão, café, entre outros. “A produção da tinta é 100% sustentável, garantindo que todo o processo, desde a obtenção das matérias-primas até a fabricação, seja ecologicamente responsável. Além disso, um dos nossos objetivos é desenvolver um produto seguro para o público infantil, permitindo que as crianças explorem sua criatividade sem riscos à saúde. Outro diferencial é a ausência de impactos ambientais, pois, mesmo que descartada na natureza, a tinta não causa nenhum dano ao ambiente”, explica Ana Clara.
Segundo a jovem cientista, a Ecotinta foi testada em diversas superfícies, incluindo papel, paredes e telas de pintura, para avaliar sua aderência, durabilidade e qualidade. “As tintas naturais podem ter durabilidade e fixação comparáveis às convencionais, mas isso depende da composição, da superfície e do ambiente. Elas aderem bem a materiais porosos, mas podem precisar de fixadores naturais para maior resistência. Com sua composição livre de substâncias tóxicas, a tinta proporciona mais tranquilidade aos pais, que não precisam se preocupar com possíveis alergias ou contaminações durante o uso pelos filhos”, afirma Ana.
Com o apoio da Secretaria da Educação (SEC) e a orientação dos professores Daiane Pergentino e Atanael de Jesus, o produto já conta com uma cartela de cores que inclui azul, preto, rosa, nude e amarelo. Ana projeta os próximos passos da equipe: “queremos aprimorar a fórmula, testar em diferentes superfícies, avaliar a sustentabilidade, buscar parcerias e expandir a produção”.
Bahia Faz Ciência
A Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) estreou no Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico, 8 de julho de 2019, uma série de reportagens sobre como pesquisadores e cientistas baianos desenvolvem trabalhos em ciência, tecnologia e inovação de forma a contribuir com a melhoria de vida da população em temas importantes como saúde, educação, segurança, dentre outros. As matérias são divulgadas semanalmente, sempre às segundas-feiras, para a mídia baiana, e estão disponíveis no site e redes sociais da Secretaria. Se você conhece algum assunto que poderia virar pauta deste projeto, as recomendações podem ser feitas através do e-mail ascom@secti.ba.gov.br.