'Rexistências' reúne contos que tratam do ato de resistir, de seguir adiante quando as condições são adversas.
Rexistências (Caravana Editorial, 60 pp, R$ 70), de Maria Angélica Ferrasoli, reúne contos que tratam do ato de resistir, de seguir adiante quando as condições são adversas. São muitas as resistências / rexistências / reexistências retratadas na obra: a que traz a notícia da morte próxima; a do amor que sustenta um viúvo em plena pandemia de covid-19; a que faz uma professora trocar de pele com a filha de um juiz. Rexistir pode ser também mérito da poeta que enfrenta o etarismo, é também o martelar indignado do sapateiro Hermes ou o empoderamento da mulher negra ao aprender a ler e escrever. Como resistem os sonhos de personagens num cinema destruído pela especulação imobiliária, ou a memória e o sentimento de infância em Pizza brotinho e Sapatos verdes. Resistir, rexistir traz ainda um acampamento sem-terra em dia de festa, espalhando sementes para dias de paz e justiça.
