Às quartas-feiras, a Cidade da Música da Bahia, localizada no Comércio, é palco de uma atração especial: uma batalha de rap/trap, que acontece sempre a partir das 15h. No último dia de maio (31), o tema abordado foi “Trabalhadores da música”. Para este mês de junho, o tema será “São João da diversidade”.
O supervisor do espaço, Geancarlos Barbosa, ressaltou a importância de um equipamento público fomentar a cultura e a arte de rua. “É importante que possamos entender que a arte também é um processo de fomentação no desenvolvimento educacional. As práticas interdisciplinares possibilitam que pessoas diversas acessem os mais diversos equipamentos e consigam se aderir com os conteúdos os fazendo pertencentes”.
Mediador do equipamento, Welber Fernandez, também conhecido como Mc Ogum, contou que o rap/trap salvou sua vida. Ele ainda reforçou que o trabalho desenvolvido tem o intuito de formar um espaço onde as pessoas possam ter acesso ao aprendizado da cultura e da arte. “O rap/trap está comigo sempre. Aqui é um espaço público de informação sobre a música, e cada vez vamos aprendendo mais”.
Durante as batalhas, os visitantes também têm a oportunidade de interagir com os mediadores e sugerir palavras para a rima. Pela primeira vez no local, a estudante Tainá Brasil, de 19 anos, afirmou que a iniciativa valoriza a arte de rua. “Salvador é uma cidade construída de música. Ter uma atividade como essa, é dar oportunidade para a diversidade cultural. Acho muito importante isso ser realizado, ainda mais por se tratar de um equipamento administrado por um órgão público”.
A estudante de arquitetura Natália Oliveira, de 18 anos, disse ter gostado bastante de conhecer o equipamento. Ela, que estava acompanhada de outros colegas de curso, disse que a cidade de Salvador é um celeiro musical e está aberta para as grandes misturas culturais.
“Viemos realizar um trabalho de pesquisa sobre a história de alguns bairros da nossa cidade. Estar aqui, pela primeira vez, é um momento muito marcante para mim e para meus colegas. Um equipamento como esse é muito importante para sabermos mais da nossa história”, disse.
Acesso – Vinculado à Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), a Cidade da Música da Bahia funciona de terça-feira a domingo, das 10h às 18h. O ingresso custa R$20 (inteira), para o público geral, e R$10 (meia) para estudantes, idosos e residentes em Salvador (mediante apresentação do comprovante de residência). Às quartas-feiras, a entrada é gratuita.