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LITERATURA: A revolta dos escravos de Carrancas


Caramurus negros: a revolta de escravos de Carrancas' tenta compreender o cotidiano da escravidão, as relações que essas pessoas estabeleciam, as alianças, as hierarquias e as disputas na vivência em cativeiro.

Em 13 de maio de 1833, ocorreu no sul de Minas Gerais a insurreição escrava mais sangrenta do Sudeste do Império, em que morreram 33 pessoas — 21 escravizados, 9 membros da família Junqueira, um agregado e duas “pessoas de cor”. Conhecido como a Revolta de Carrancas, o episódio resultou na maior condenação coletiva de escravizados à pena de morte da história do país. 

Caramurus negros: a revolta de escravos de Carrancas (Chão, 256 pp, R$ 71), com organização e posfácio do historiador Marcos Ferreira de Andrade, é resultado de mais de trinta anos de pesquisa. O livro contém a transcrição de parte dos autos do processo-crime da revolta e um posfácio que evidencia como as elites regionais e o próprio Estado imperial lidaram com os rebeldes insurgentes, resultando na maior condenação coletiva da história do Império. Ao trazer à tona parte da história e das lutas de personagens como Ventura Mina, André Crioulo, Antônio Benguela, Joaquim Mina, Antônio Rezende e tantos outros que os acompanharam (incluindo mulheres e crianças), o livro tenta compreender o cotidiano da escravidão, as relações que essas pessoas estabeleciam, as alianças, as hierarquias e as disputas na vivência em cativeiro e, em especial, os sonhos e projetos de liberdade que acalentavam.


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