Livro coloca o crime como objeto de estudo e reconhece sua importância dentro do estudo da psicanálise e do estudo da sociedade.
Em A psicanálise e o crime: passagem ao ato, acting-out e ato criminoso (Relicário, 184 pp, R$ 79,90), Maria José Gontijo privilegia o crime como objeto de estudo e pesquisa é reconhecer sua importância não só para a psicanálise, mas também para a sociedade. É inegável que o crime é um semblante importante para a civilização humana, pois a lei que o institui é o modo principal de lidar com a violência e a agressividade, sobretudo nas sociedades modernas. 
O crime é uma forma de inscrição da violência e Freud foi sensível a isso. Recorrer à lei e ao crime lhe permitiu construir um arcabouço clínico e teórico para lidar com as manifestações da pulsão de morte presentes no sintoma de seus pacientes. Distinguir os conceitos de acting-out e de passagem ao ato, bem como os de sentimento de culpa e de responsabilidade, foi ferramenta essencial para abordar a violência pulsional que se apresenta ora velada, ora a céu aberto.
 
