A Coordenadoria de Salvamento Marítimo (Salvamar), vinculada à Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop), iniciou, na manhã deste sábado (28), uma série de encontros para crianças de 4 a 14 anos. O intuito do órgão é instruir sobre prevenção de afogamento e primeiros socorros.
As capacitações ocorrerão em três sábados, sempre das 9h30 às 11h30, tendo como ponto de partida a sede do órgão, localizada na orla de Patamares, com aula teórica e prática na piscina. No sábado (4), os jovens vão participar de uma aula teórica e prática no mar de Placaford e, no dia 11 de fevereiro, o encontro será na praia da Pedra da Goodyear, em Itapuã.
O coordenador da Salvamar, Kailani Dantas, destaca que o projeto surgiu devido ao alto nível de ocorrências relacionadas a pessoas residentes em Itapuã. “Por isso, decidimos montar um projeto de educação preventiva da localidade. O projeto é aberto para outras localidades, mas neste primeiro momento é cuidar desse bairro que está à beira-mar, com crianças que saem da escola e vão para a praia”.
A ideia da Salvamar é traçar um planejamento preventivo para que elas saibam se comportar, mostrando o que são as bandeiras e a identificação de cada uma, como agir em caso de afogamento, e que não devem entrar no mar para tentar resgatar ninguém, evitando assim colocar mais uma vida em risco. “Ensinamos algumas formas de agir diante disso, sem contar a parte preventiva de primeiros socorros, que é importante que elas saibam”.
A ação é promovida pelo Projeto Social Salva Itapuã e é denominado Peixinhos de Itapuã. Ao todo, são 80 jovens, totalizando 20 vagas por categoria. Os jovens participantes são divididos em grupos com nomes de peixes, sendo os participantes de 4 e 5 anos chamados de Saurícas; dos 6 aos 8 anos, Pititingas; dos 9 aos 11 anos, Chicharros e Sardinhas; e dos 12 aos 14 anos, Guaraçai e Guaricema.
Multiplicadores – O idealizador da iniciativa, Ariobaldo Arandiba, de 52 anos, é agente de salvamento há quase três décadas. Ele conta que os dados mundiais revelam que, a cada um minuto, uma pessoa morre afogada no mundo, por isso a prevenção é essencial para a preservação de vidas.
“O propósito do Projeto Salva Itapuã é promover a educação na prevenção do afogamento, através de aulas teóricas e práticas, com atividades na piscina, no mar, por isso o apoio da Salvamar é importantíssimo. E começando através da infância, é melhor ainda, pois é algo que fica para a vida toda. Elas aprendem hoje, ensinam aos pais, aos colegas que não vieram, e assim as informações vão se multiplicando”.
O filho de Arandiba, Dylan, de 11 anos, sempre participa dessas ações. “Para mim é muito importante ser voluntário e passar conhecimento para outros jovens. Ajudar os demais, sejam crianças e adolescentes, falar que quando estiver numa praia perigosa e o surfista estiver com a prancha, para ele não entrar na água. O melhor é que todos estejam em segurança”.
Moradora do Rio Vermelho, a gestora de Recursos Humanos, Ana Carla de Jesus, soube do projeto e, mesmo não residindo no bairro, levou o filho Brian, de 11 anos. “Eu achei muito interessante e sempre gosto de colocar ele para participar nesses projetos, principalmente por ser um projeto de prevenção, explicando e orientando eles em relação às placas, sinalização, onde pode tomar banho”, ressaltou.
Residente em Mussurunga, o professor Alberto Leandro Chaves, de 39 anos, estava acompanhado do filho Léo, de sete anos. “Ficamos sabendo da iniciativa através das redes sociais e entrei em contato. Só o nome prevenção já chamou a nossa atenção, e agora no verão, época de praia, de clube, achei necessário que ele tivesse esse acesso às informações e, quem sabe, ser um multiplicador”.