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Sala para atendimento especializado auxilia alunos do Cmei União Boca do Rio




Há duas semanas, o Centro Municipal de Educação Infantil União Boca do Rio passou a contar com uma sala especial para atendimento dos alunos. A Sala de Recursos Multifuncionais (SRM) é o local onde é realizado o Atendimento Educacional Especializado (AEE), espaço destinado a crianças que precisam de acompanhamento individualizado, dentro do público alvo da educação especial, que engloba pessoas com deficiência, Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Altas Habilidades/Superdotação.

Diretora da unidade há sete anos, Amanda Reis conta que o trabalho já era desenvolvido com os alunos antes da instalação da sala de AEE. “Cada vez mais temos recebido as crianças na unidade de ensino. A escola já vinha olhando para as crianças com alguma necessidade específica de uma maneira peculiar, porque já sabíamos a responsabilidade social que temos na aprendizagem dessa criança. Mesmo assim, a sala de AEE na nossa escola era um sonho. Passamos por uma reforma com reconstrução de todo o espaço físico e buscamos ver onde poderíamos ter esse serviço, que veio para acrescentar e dar mais segurança no processo pedagógico”.

A diretora ainda acrescenta: “É muito importante quando uma escola implanta uma sala de AEE. Quando a criança inicia o atendimento especializado, ela desenvolve aspectos estruturantes da cognição que vão apoiar os professores de sala comum na consolidação das aprendizagens. Elas demonstram avanços diários a partir dessa interlocução com a professora na sala de AEE e, a partir disso, elas levam aprendizagens mais específicas para a sala comum”.

Autonomia e inclusão – A professora Aldenice Duques atua na rede há 19 anos e este é seu primeiro ano atendendo alunos com deficiência. “Temos todo um planejamento, elaboração de material e, desde 2022, nos preparamos para a sala. Eu fiquei muito surpresa quando cheguei aqui e vi o número de alunos já laudados (com diagnóstico de neuroatipicidade) com dois, três anos. E esse atendimento vem garantir a autonomia e inclusão efetiva deles no processo de aprendizagem”.

A professora fala também sobre a dinâmica do trabalho. “São dois atendimentos por semana, mas conseguimos ver os avanços. As professoras relatam que os alunos, nesse pouco tempo com a gente, já conseguem mostrar uma mudança no comportamento na sala de aula. Hoje, tenho 14 alunos atendidos e uns cinco em avaliação. Eles já se sentam na sala, têm referência de lugar, não correm como antes”.

Progresso e desenvolvimento – A auxiliar administrativa Ariane Valentim, de 32 anos, é mãe de Robert, do Grupo IV, que é autista. Ela afirma que desde antes da instalação da sala, o atendimento na escola sempre foi superior, e que com a AEE vai ser melhor ainda para o desenvolvimento do filho. “Me surpreendi pois, em duas semanas, já percebi a mudança. A recepção foi maravilhosa e ter essa sala é muito importante. A Aldê (Aldenice, professora), trabalha em conjunto com as professoras, então o desenvolvimento está totalmente diferente”, comenta.

Ela ainda ressalta o progresso obtido por Robert. “Lá em Fortaleza, de onde vim, perguntam onde ele estuda e quando digo que a escola é da Prefeitura, sempre questionam. As professoras perceberam a dificuldade dele de beber água, então a gente traz um suco para ele se hidratar, é uma diferença muito grande no cuidado. O Robert é não verbal e, mesmo assim, tem conseguido se comunicar bastante, senta na roda com os amigos. Realmente a escola está de parabéns nessa inclusão”.

Gratidão pelo trabalho – Moradora da Paralela, a dona de casa Clécia da Cruz, de 45 anos, é mãe de Valentina, de cinco anos. Para ela, ter o atendimento especializado ajuda demais no desenvolvimento da filha. “É um trabalho específico com as profissionais, e é gratificante. Consigo sentir essa evolução não só na escola, mas em casa”.

Ela também já identifica as mudanças da filha. “É feito um atendimento dentro da necessidade dela, mais específico. Outro dia mesmo, em casa, ela arrumou a mesa para o café da manhã. Liguei para o meu marido na mesma hora, fiz o registro do momento. Isso demonstra que a coordenação motora dela está muito melhor. É o calçar o sapato, é pegar o talher, são pequenos detalhes que não têm preço para mim, é emocionante”, finaliza.

Reportagem: Ana Virgínia Vilalva/Secom

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