As aulas do projeto Acelera+ Blocos de Matrizes Africanas, uma iniciativa da Agência do Trabalhador da Cultura, já estão acontecendo e seguem até o mês de dezembro, no Auditório Makota Valdina, no Arquivo Público de Salvador. O programa, uma parceria entre as secretarias de Desenvolvimento Econômico, Emprego e Renda (Semdec) e de Cultura e Turismo (Secult), tem como objetivo fortalecer a atuação dos blocos de matrizes africanas, garantindo a sustentabilidade desses grupos para além do período do Carnaval.
Para o titular da Secult, Pedro Tourinho, o programa de aceleração é uma plataforma que permitirá o fortalecimento dos blocos. “Nós sabemos dos desafios que existem em Salvador e em todo o Brasil para empreender, especialmente no caso dos blocos de matrizes africanas, por conta do racismo presente nas instituições. Então, a Agência do Trabalhador da Cultura vem trazer mais ferramentas de trabalho, gestão, formalização e institucionalidade para que as entidades possam participar de forma mais potente da partilha de recursos”, afirma.
Oportunidades econômicas – Realizado em parceria com o Sebrae/BA, o Acelera+ Blocos de Matrizes Africanas selecionou 40 blocos para o primeiro ciclo de aulas híbridas. O curso oferece capacitações em áreas essenciais, como gestão de negócios, empreendedorismo, precificação, comunicação e marketing digital.
“Esse é o início de uma jornada de transformação efetiva do profissional da cultura frente ao mundo de oportunidades econômicas e de geração de renda que esse universo proporciona e pode proporcionar em Salvador. Começar esse trabalho que estamos fazendo com a cultura, de conexão entre criatividade, indústria cultural, geração de renda e economia, através dos blocos de matrizes africanas, é super emblemático”, destaca Mila Paes, secretária Municipal de Desenvolvimento Econômico, Emprego e Renda.
O programa irá conectar a atuação cultural dessas entidades com as demandas e realidades do mercado, para juntos construir e conduzir uma política pública de valorização e impulsionamento cultural, com geração de emprego e renda para além dos editais voltados aos blocos de matrizes africanas, e sim todo contexto de produção cultural.
Importância cultural – O presidente do Afoxé Filhos de Oxalá, Jo Salomão, destacou a importância da formação e o desejo de que novas turmas aconteçam. “Nós temos sete anos de existência e, com essa capacitação, esperamos adquirir mais conhecimentos para acessar os editais, que todas as entidades presentes possam ter aptidão para serem contempladas. Conhecimento é muito importante e muitos não conhecem seus direitos, essa capacitação vai ser uma coisa boa para isso”, salienta.
Texto: Ascom/Secult PMS