Os atendimentos de saúde continuaram em queda no quarto dia oficial da folia em Salvador. Entre as 5h do domingo (18) e as 5h desta segunda-feira (20), os Módulos Assistenciais instalados nos circuitos do Carnaval contabilizaram 880 ocorrências, redução de 22% em relação ao mesmo período de 2020, quando foram contabilizadas 1.123 admissões. O circuito Dodô (Barra/Ondina) respondeu por 606 atendimentos, o circuito Osmar (Campo Grande) por 231, o Batatinha (Pelourinho) por 37 e o Mestre Bimba (Nordeste de Amaralina) por 6.
Os atendimentos de natureza clínica – intoxicação alcóolica, tontura, náuseas, dor de cabeça – continuam sendo a principal causa das admissões, com 710 casos. Também foram registradas 45 intervenções bucomaxilofaciais, 57 traumas ortopédicos, 50 acolhimentos de enfermagem e 18 procedimentos cirúrgicos.
Redução dos episódios de violência – Assim como os dados gerais, os casos de agressão física nos circuitos oficiais também seguem em redução. Nesse último domingo foram registradas 48 ocorrências relacionadas a violência, diminuição superior a 50% quando relacionado ao mesmo período de 2020 (97). A ‘maior tranquilidade da festa’ também pode ser percebida com a redução dos casos de procedimentos de bucomaxilo facial e intervenções cirúrgicas, que apresentaram queda de 44% e 38%, respectivamente.
De acordo com a vice-prefeita e titular da Saúde soteropolitana, Ana Paula Matos, a fiscalização preventiva desenvolvida pela Secretaria Municipal de Ordem Pública no entorno da festa tem coibido que pessoas acessem os circuitos em posse de arma branca. “Os indicadores têm demonstrado que a nossa capacidade de organização está funcionando bem para permitir uma festa mais segura aos foliões”, afirmou.
“Identificamos alguns casos de violência de menor gravidade na sexta-feira [17] relacionados aos palitos de espetinho e, prontamente, a Semop intensificou a varredura no entorno dos circuitos e nenhuma outra ocorrência foi registrada. É um trabalho conjunto que envolve vários órgãos da Prefeitura e que impacta numa festa com menos intercorrências e maior tranquilidade”, complementou a secretária.
Traumas ortopédicos – Ana Paula Matos também chamou a atenção para um acessório que tem sido responsável por traumas ortopédicos durante a folia: o salto alto. Fiel escudeiro das mulheres, o salto alto representa riscos de lesões, sobretudo, quando associado com o uso do álcool. “Sabemos que as mulheres querem estar lindas na festa, mas o uso de calçados inadequados pode ocasionar entorses e outros traumas. Infelizmente, o salto alto não dá a estabilidade necessária para as mulheres caminharem no meio da multidão ou calçadas de paralelepípedo. Então, nosso conselho é que as pessoas priorizem a comodidade de utilizar sapados mais confortáveis para participar da folia sem nenhuma intercorrência”, pontuou a gestora.
Atendimentos nas ilhas – Este ano, a Secretaria Municipal da Saúde montou, de forma pioneira, postos de saúde para atender a população das ilhas durante a folia. Neste domingo (19), as três unidades registraram 36 acolhimentos, todos de natureza clínica e considerados leves. Foram 13 ocorrências nos postos de Bom Jesus dos Passos, 13 na Ilha dos Frades e 10 na Ilha de Maré. As unidades das ilhas contam com o apoio de duas ambulanchas do SAMU para remoção dos pacientes que necessitarem de transferência para rede hospitalar.
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